O treinador português José Mourinho, do Inter de Milão, considera que o avançado sueco Zlatan Ibrahimovic "é melhor" que Cristiano Ronaldo, vencedor da Bola de Ouro 2008.
"Quando penso no que deve ser um jogador, vêm-me à memória Kaká, Ibrahimovic tal como Messi, um fenómeno que vencerá a Bola de Ouro daqui a dois ou três anos", explicou o técnico luso, este domingo, em declarações ao canal de televisão italiano RAI.
José Mourinho considera que "(Cristiano) Ronaldo é um bom jogador", no entanto, "em termos absolutos, não é o melhor".
"Ele mereceu a Bola de Ouro porque a sua equipa (Manchester United) venceu a Liga dos Campeões e a Primeira Liga inglesa, porque ele jogou e marcou", acrescentou o "special one", reiterando a preferência pelo sueco do Inter: "Para mim, Ibrahimovic é melhor, é um apaixonado do futebol, tem muito coração e é um rapaz emocionalmente agressivo".
Nunca fui um tiffoso do campeonato italiano, sempre achei que havia, para lá dos alpes, muita paixão mas, ao mesmo tempo, demasiada razão, não havia espaço para o coração.
A minha pteferência, de sofá, sempre foi para os relvados da Velha Albion ou para os nuestros vicinos de La Liga. Aí sim via paixão - talvez em menor escala - mas muito coração e, também, alguma razão. Mas será que a razão me interessaria no futebol? Não procuraria, apenas e só, entretinimento?
Este ano estou a ter a resposta a estas questões. Não.
Com Mourinho aprendi a ver a beleza do campeonato italiano, as reais dificuldades que esse futebol encerra. E descobri que, afinal, tambem, lá, há coração. E muito. Molto Cuore, como muitas vezes os comentadores italianos utilizam.
Com CR7 passa-se o mesmo. Sempre o achei um jogador deslumbrante, com um drible fenomenal, uma corrida galopante em direcção à baliza contrária, exímio na marcação dos livres.
Mas nos últimos tempos tem-me caído a ficha. Parece-me um bom jogaor, sim, mas falta-lhe o golpe de asa para ser o melhor, um monstro do futebol. Talvez lhe falte cabeça, apenas isso.
Como escreveu Mário de Sá-Carneiro:
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...